Censo 2022 permite atualização de análises da saúde suplementar | Arquitetos da Saúde
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Censo 2022 permite atualização de análises da saúde suplementar

Atualização de dados do Censo 2022 permite que empresas da saúde suplementar façam análises mais precisas de cenários do mercado

censo 2022

O Censo é uma ferramenta fundamental para compreender e analisar as características demográficas, sociais e econômicas de uma determinada população. No contexto da saúde suplementar, a publicação dos dados no novo Censo, finalizado em 2022 e divulgado recentemente, traz consigo uma série de benefícios e oportunidades para atualizar as análises desse setor tão importante.

Com dados mais atuais sobre a população, o novo Censo permite uma visão mais precisa, detalhada e realista da saúde suplementar, contribuindo para uma melhor compreensão das tendências, desafios e oportunidades nesse campo.

Neste texto, exploraremos como o Censo 2022 é capaz de fornecer informações valiosas para aprimorar a gestão, o planejamento e a tomada de decisões na saúde suplementar, além de auxiliar na identificação de lacunas e na implementação de atitudes mais efetivas.

Conclusões do Censo 2022

Antes do Censo 2022, o último levantamento havia sido realizado em 2010. Neste intervalo, o IBGE divulgou apenas projeções sobre a atualização do avanço da população, seguindo diferentes metodologias. No Censo, a diferença é que os técnicos visitam as residências, o que garante um retrato mais fiel dos cenários populacionais.

Como a imprensa noticiou largamente, a grande notícia do Censo mais recente é o envelhecimento da população. Isso se deu de forma bem nítida, como mostra a tabela abaixo:tabela censoEsse tipo de informação é bastante relevante para a saúde suplementar, especialmente operadoras, que precisam equilibrar custos de acordo com as faixas etárias de comercialização de planos estabelecidas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Será que as carteiras estão equilibradas de acordo com a distribuição de faixas etárias observada na população? É claro que se trata de uma relação difícil de estabelecer – afinal, os contratantes de plano não são um recorte fiel da população -, mas esses dados podem basear um bom benchmarking.

Se ampliarmos o olhar para o setor de saúde suplementar como um todo, é possível identificar semelhanças bem expressivas no perfil etário dos beneficiários, quando comparados aos dados do Censo:

tabela beneficiáriosNota-se que, assim como a população brasileira, os beneficiários de saúde suplementar também demonstraram envelhecimento. Esse é mais um ponto de atenção para o mercado no contexto de aumento de sinistralidade e reduções de margem de lucro, com prejuízos operacionais dos últimos anos.

A importância dos dados na saúde suplementar

A obtenção e análise de dados e informações precisas desempenham um papel crucial para as empresas atuantes no setor da saúde suplementar. Essas informações podem embasar decisões estratégicas, otimizar processos e fornecer serviços de qualidade aos beneficiários. Destacamos alguns pontos que demonstram a importância desses dados e informações:

Tomada de decisões embasada

Dados confiáveis e informações atualizadas permitem que as empresas da saúde suplementar tomem decisões embasadas em evidências. Essas informações podem abranger uma variedade de áreas, como perfil demográfico dos beneficiários, padrões de utilização de serviços, tendências de saúde e satisfação e anseios dos clientes.

Com base nesses dados, as empresas podem identificar áreas de melhoria, desenvolver estratégias eficazes e alocar recursos de forma adequada.

Planejamento estratégico

As empresas de saúde suplementar precisam estar preparadas para atender às necessidades em constante evolução dos seus beneficiários e clientes. A análise de dados e informações ajuda a identificar demandas emergentes, compreender as preferências dos clientes e adaptar os serviços oferecidos.

Usando essas informações, é possível desenvolver planos estratégicos que impulsionam o crescimento, a inovação e a competitividade no setor.

Gestão eficiente de recursos

A obtenção de dados e informações detalhadas permitem uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis. Ao analisar os padrões de utilização de serviços, as empresas podem prever demandas futuras, otimizar a alocação de recursos, reduzir custos desnecessários e garantir uma melhor qualidade de atendimento aos beneficiários.

Essa gestão eficiente também contribui para minimizar desperdícios e maximizar a eficácia dos investimentos.

Personalização e melhoria dos serviços

Compreender as necessidades e preferências individuais dos beneficiários é essencial para oferecer serviços personalizados e de alta qualidade. A coleta e análise de dados permitem identificar perfis específicos, avaliar padrões de saúde e comportamento, e desenvolver estratégias de engajamento e prevenção.

Essa abordagem personalizada contribui para uma experiência mais satisfatória e efetiva dos beneficiários, além de fortalecer a fidelização e a reputação da empresa.

Olhando para o passado

De certa forma, analisar os dados da saúde suplementar é como observar estrelas.
A luz demora para chegar ao planeta Terra, fazendo com que observemos, na verdade, o passado dos astros.

Na saúde suplementar, há muitas informações que são divulgadas com frequência trimestral, semestral ou mesmo anual. Aí você pode pensar que isso é normal e acontece em qualquer tipo de estatística do “mundo real”. Afinal, não há nenhuma forma de obter dados do futuro, correto?

Na saúde suplementar, essa falta de exatidão agrava a eficiência das análises porque cada micro informação pode fazer diferença na estratégia de uma empresa contratante, operadora ou prestador de serviços.

População desatualizada

Some a isso o fato do penúltimo Censo ter sido divulgado em 2010 e atualizado apenas 12 anos depois. Ou seja: no final de uma década especialmente tumultuada para a saúde suplementar, o setor teve que se contentar com dados de 10 anos antes – ou, na melhor das hipóteses, com projeções baseadas neles.

O Censo 2022 trouxe a informação de que diversas cidades “encolheram”, e não apenas cidades pequenas – o Rio de Janeiro, por exemplo, perdeu 1,7% da sua população. Também há informações importantes sobre faixas de renda – que mudaram bastante após a pandemia, principalmente.

Por que isso pode ser problemático? Vamos a um exemplo banal. Uma rede de hospitais planeja abrir uma unidade pediátrica em determinado município. Ela identifica a demanda e tem dados do Censo que corroboram suas análises, com um público que possui renda suficiente para suas pretensões.

Mas agora se dá conta de que o número “real” é diferente do que tinha anteriormente. Pode ser que não inviabilize o negócio, mas o retorno não será o esperado. Isso, colocado em escala, pode causar um impacto grande no planejamento da rede em longo prazo.

Atualização de bancos

A tarefa agora é atualizar bancos de dados com as novas informações do Censo e verificar o que “bate” e o que não se enquadra nos planejamentos feitos anteriormente.

A análise de dados e informações da saúde suplementar oferece uma quase infinitude de possibilidades, de acordo com a área de atuação e objetivos da sua companhia. E boa parte dessa grande rede de cenários possíveis se dá com o cruzamento de dados da ANS e outros, como o Censo, Previdência, Caged etc.

Análise sistematizada

Para isso, é importante contar com a ajuda de um serviço especializado, como o BI da Arquitetos da Saúde. Nossa ferramenta apresenta os dados da saúde suplementar de forma fácil e intuitiva, com a maior atualização possível de acordo com as divulgações feitas pela ANS.

Fale conosco para saber mais!

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