Daqui até possivelmente julho, o assunto entre quem trabalha de alguma forma com planos de saúde não será outro a não ser a divulgação do teto de reajuste da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para planos individuais em 2021.
A agência já definiu o índice e o enviou para avaliação do Ministério da Saúde.
Esses bastidores nunca tiveram tantos holofotes como agora. E há uma razão para isso. Em 2020, pela primeira vez na história, a saúde suplementar registrou VCMH negativa– o que significa que, na média nacional, as operadoras gastaram menos de forma per capita com os sinistros do que no ano anterior.
Ou seja: se fosse apenas pelo indicador VCMH, em tese, o reajuste dos planos individuais este ano deveria ser negativo, ou ao menos não deveria ocorrer (“reajuste zero”). Porém, como se sabe, a ANS alterou sua metodologia de estabelecimento do teto que considera outros fatores de performance.
VCMH negativa
Um dos fatores levados em conta no mercado para a definição do reajuste em contratos coletivos empresariais é a VCMH (Variação do Custo Médico-Hospitalar). Segundo a ferramenta de BI da Arquitetos da Saúde, a VCMH ficou negativa em -4,64% em 2020.
No caso dos planos individuais, além dela, a ANS também leva em conta dados de performance do mercado, bem como a taxa de envelhecimento da população.
Mas calma. Antes de avançarmos na análise desses números, é importante entender que o reajuste dos planos individuais, legalmente falando, não tem nada a ver com os planos empresariais.
A atuação da ANS é bem clara e nos casos de planos contratados por pessoas jurídicas e operadoras existe a livre negociação.
E agora?
É evidente que uma eventual VCMH negativa ou zero terá um impacto na renovação de contratos dos planos de saúde, porque é um dos indicadores colocados na balança da negociação.
Porém, é necessário entender o contexto da sua operadora, pois nem todas tiveram VCMH negativa ou próxima à média nacional. Nossa ferramenta de BI demonstra que algumas operadoras importantes tiveram inclusive variação positiva. De maneira generalizada, o que é possível dizer é que todas deveriam ter a menor VCMH da sua série histórica.
Nem só de VCMH é construído um reajuste empresarial. Há muitas outras variáveis envolvidas. A sinistralidade da operadora com a empresa, o número de vidas na carteira, o perfil de utilização… No fim das contas, a realidade da empresa com a sua operadora é o fator mais determinante dessa equação.
Fique de olho
A dica é para que gestores fiquem atentos ao seu índice de reajuste comparado aos demais números do mercado oferecidos pela ANS e pela sua própria operadora.
A Arquitetos da Saúde é uma empresa especializada em consultoria para gestão de planos de saúde empresariais, além de possuir uma ferramenta de BI (Business Intelligence) que disponibiliza de forma fácil e intuitiva dados do setor de abrangência nacional, com isenção e sem viés para este ou aquele grupo de operadoras.
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