Qualquer empresa com o mínimo planejamento estipula metas, reserva recursos para investimentos e prevê gastos para o próximo ano. Mas existe um tipo de custo que, se não for muito bem gerido, acaba caindo no “buraco negro” do planejamento corporativo: o plano de saúde.
Existem muitos gestores financeiros e de recursos humanos que tomam um verdadeiro susto quando recebem a proposta de reajuste da operadora no aniversário do contrato.
E não deveria ser assim. Com conhecimento, informação de qualidade e processos bem definidos, é possível antecipar e prever qual será em média o reajuste do contrato e assim, reunir argumentos para uma negociação justa com a operadora.
Neste texto, vamos mostrar que tipo de mecanismos impactam de forma mais direta no reajuste e como conhecê-los para não ser surpreendido. Acompanhe a leitura!
Reajuste do plano de saúde
Esse é um assunto que sempre costuma aparecer em todo o início de ano, com agências e bancos de investimento apresentando previsões. Aqui vale um lembrete: o reajuste de planos de saúde individuais, aqueles contratados por pessoas físicas, é definido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Já o reajuste dos planos empresariais é definido por livre negociação entre operadora e contratante. Embora não haja uma relação direta entre os índices, é fato que o reajuste dos planos individuais faz uma “sombra” para a renovação dos planos coletivos que vencem após a divulgação do índice pela ANS.
Como costumamos dizer, não gostamos de exercícios de futurologia. Mas é fácil concluir que o reajuste para planos empresariais vai continuar em patamares elevados – como, inclusive, explicamos neste texto aqui. Nos últimos 12 meses, medidos de set/21 a ago/22, a média de reajuste no mercado empresarial foi de 20,30%, segundo a ferramenta de BI da Arquitetos da Saúde. E esse nível não deve cair.
A questão é: como saber qual será o índice, ao menos de forma aproximada, para estar preparado pra ele?
Conheça seus indicadores
Quando se fala em reajuste de plano empresarial em pré-pagamento, dois indicadores surgem de imediato: sinistralidade e VCMH (Variação dos Custos Médicos-Hospitalares). Faz sentido, porque esses são, de fato, os principais gatilhos usados pela operadora para a definição do índice.
A sinistralidade é medida pelo quociente do sinistro dividido pelo prêmio, ante o limite técnico fixo e pré-estabelecido no contrato. Ou seja: se o contrato estipula um limite técnico de 70% do valor do contrato, é isso que você pode gastar com seus beneficiários em despesas assistenciais.
Aqui vale um comentário: a sinistralidade alta é consequência, e não causa. Se ela está desequilibrada, é sinal de que algo está desregulado, prêmio ou sinistro. Talvez, esses fatores tenham que ser ajustados.
Sobre a VCMH
A VCMH é um cálculo que pode ser feito de diversas formas – inclusive nacionalmente, como é de costume aqui na Arquitetos da Saúde. Conhecer a VCMH nacional é essencial não apenas para o benchmarking, mas também serve de argumento na hora da negociação com a operadora.
A VCMH de cada empresa é a variação de preços dos procedimentos utilizados pelos beneficiários em um determinado intervalo de tempo.
É importante conhecer a própria VCMH não apenas ter algum subsídio na negociação com a operadora, mas também para instruir melhor a gestão do plano de saúde, com um olhar mais assertivo sobre o custo assistencial e das causas que pressionam uma variação positiva muito acima da inflação geral de preços, seja em função de frequência e/ou preços.
Conhecer bem os indicadores empodera o gestor e dá autonomia para que ele negocie pontos específicos do contrato sem correr o risco de ser “passado para trás” na negociação.
Conheça a Arquitetos da Saúde
A Arquitetos da Saúde é uma empresa que trabalha com consultoria para a gestão de planos empresariais, além de uma ferramenta de BI (Business Intelligence) voltada para o mercado de saúde suplementar.
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