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Reajuste de planos de saúde empresariais entra na mira do Congresso

deputados estuda lei para reajuste de planos de saúde empresariais

Câmara dos deputados estuda lei para reajuste de planos de saúde empresariais

Em paralelo à discussão sobre o reajuste dos planos de saúde individuais, cercado de expectativas e cuja decisão deve sair nas próximas semanas, cresce no Congresso Nacional a ideia de uma regulamentação para a negociação entre operadoras e clientes pessoas jurídicas.

Embora não seja exatamente uma novidade, principalmente nos bastidores, a ideia veio a público no último dia 10 de junho, em uma audiência da Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara dos Deputados.

O presidente da comissão, deputado federal Celso Russomano (Republicanos-SP), disse que estuda a criação de um projeto de lei que regulamente os planos de saúde empresariais de forma mais ampla – o que incluiria também, evidentemente, seus reajustes.

“Todo esse material (apresentado na audiência pública) será usado para que possamos produzir o primeiro anteprojeto ou um esboço de projeto de lei para regular a questão do plano empresarial. Isso vai dar segurança jurídica ao consumidor sobre o plano empresarial, o que falta justamente neste momento”, disse Russomano ao fim da reunião, segundo informações da Agência Câmara.

Argumentos

Na reunião, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) apresentou um estudo que verificou o reajuste de todos os planos coletivos, empresariais ou de adesão, com aniversário em agosto oferecidos pelas cinco maiores empresas do setor.

Uma das conclusões é que um dos reajustes verificados foi quase o dobro do limite estipulado pela ANS em 2020 para planos individuais. No ano passado, o teto da Agência foi de 8,14%. O maior reajuste apurado foi de 14,55%.

Embora o foco do Idec seja a defesa do consumidor final, beneficiário do plano, é preciso levar em conta que neste contexto este consumidor é funcionário de alguma empresa, que também sofre pressão na renegociação e contratação de planos. E que fica muitas vezes na mão de operadoras nem sempre transparentes.

Muitas variáveis

Tomar o reajuste de planos individuais como base de comparação pode não ser muito justo porque há muito tempo está posto que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) só tem poder para definir esse índice, deixando livre a negociação entre operadoras e empresas.

Ou seja: o que vale é a lei do mercado. Que neste caso não é somente uma mera relação entre oferta e demanda, mas inclui muitas outras variáveis: sinistralidade, VCMH (Variação do Custo Médico-Hospitalar), etc.

A discussão não é nova e é alvo de muitos conflitos na relação entre operadoras, corretores e clientes empresariais.

Atualmente, grande parte da fonte financiadora dos serviços de saúde privados já são de planos empresariais – responsáveis por 67% de todos os planos contratados no país.

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