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Arquitetos explicam: o que é gestão de saúde populacional (GSP)?

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A gestão de saúde populacional (ou GSP) é um conceito já bastante conhecido pela cadeia de saúde – ou ao menos deveria ser.

A saúde populacional se concentra não apenas no tratamento de indivíduos, mas também na promoção da saúde, prevenção de doenças e na gestão eficaz dos recursos de saúde para atender às necessidades de uma população de maneira abrangente.

Neste texto, falaremos em mais detalhes o que é a gestão de saúde populacional, seu significado, mostrando como ela pode ser aplicada para empresas do setor da saúde suplementar.

O que é gestão de saúde populacional (GSP)?

A gestão de saúde populacional é uma abordagem estratégica que visa aprimorar a saúde e o bem-estar de uma população específica – como o grupo de beneficiários de um determinado plano de saúde, por exemplo.

Essa gestão envolve a coordenação, implementação e avaliação de políticas, programas e práticas de saúde com o objetivo de melhorar os resultados de saúde e controlar os custos associados ao atendimento médico.

Isso significa que as organizações que empregam a gestão de saúde populacional estão interessadas em manter as pessoas saudáveis, além de gerenciar eficientemente as condições de saúde existentes e também conter desperdícios de recursos financeiros com agravamento de tratamentos que poderiam ser evitados.

Para alcançar esses objetivos, a gestão de saúde populacional utiliza análise de dados, intervenções personalizadas, estratégias de prevenção, educação em saúde e coordenação de cuidados. O foco principal é otimizar a saúde da população-alvo, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos associados ao tratamento de doenças crônicas, hospitalizações frequentes e procedimentos médicos caros.

No contexto das operadoras de saúde

É por isso que a gestão de saúde populacional é um conceito tão legítimo se almejado pelas operadoras de planos de saúde. Para elas, interessaria muito adotar uma política que permita o uso mais eficaz dos recursos e dos serviços médicos e hospitalares.

Não é um desejo único das operadoras. Empresas contratantes e autogestões também podem ter seus próprios programas e o investimento teria seu retorno não só na melhora da saúde das pessoas, mas no custo assistencial evitado.

Uma boa GSP deve incluir:

Identificação de riscos e necessidades

Coleta e análise de dados sobre os beneficiários para identificar riscos de saúde, como doenças crônicas, históricos de utilização de serviços médicos e outros fatores que possam afetar a saúde dos membros.

Prevenção e promoção de saúde

Com base na análise de dados, são desenvolvidos programas de prevenção e promoção de saúde. Isso pode incluir campanhas de vacinação, exames de rastreamento, programas de gerenciamento de peso, entre outros.

Gerenciamento de casos

Para membros com condições de saúde crônicas, são oferecidos serviços de gerenciamento de casos, como monitoramento regular, orientação sobre tratamento e assistência na coordenação de cuidados.

Educação e engajamento

É de suma importância fornecer informações e recursos educacionais aos membros, incentivando a adoção de comportamentos saudáveis e a compreensão dos benefícios do plano de saúde.

Mensuração de resultados

Os resultados de saúde e o uso dos serviços de saúde pelos beneficiários devem ser avaliados constantemente, a fim de adaptar as estratégias de gestão de saúde populacional e melhorar o atendimento.

Controle de custos

Uma parte significativa da gestão de saúde populacional nas operadoras de planos de saúde envolve a contenção de custos. Isso é feito através do gerenciamento eficaz de cuidados, redução de internações desnecessárias e negociação de contratos com prestadores de serviços de saúde.

E os contratantes?

Como já dissemos, por ser um conceito e uma discussão de interesse mútuo entre vários elos da cadeia da saúde suplementar, a GSP também deveria ser uma preocupação dos contratantes de planos de saúde.

Isso porque uma força de trabalho saudável é um ativo valioso para as empresas, contribuindo para a produtividade, satisfação dos funcionários e, consequentemente, redução de custos. Uma gestão de saúde populacional eficaz contribui para uma relação mais atraente com os colaboradores e, ao mesmo tempo, ajuda a manter os custos de benefícios sob controle.

Além disso, manter os funcionários saudáveis e engajados é fundamental para a produtividade. A gestão de saúde populacional incentiva a adoção de estilos de vida saudáveis e promove a conscientização sobre questões de saúde, reduzindo as faltas por motivo de doença e melhorando o bem-estar geral dos trabalhadores.

A oferta de programas de saúde e bem-estar aos funcionários ainda pode demonstrar um compromisso com o seu bem-estar, o que pode melhorar sua satisfação e fidelidade. Por fim, o investimento em saúde pode estar alinhado com regulamentações de segurança e saúde ocupacional, garantindo conformidade e reduzindo riscos legais.

Precisa melhorar

No cenário atual, consideramos que o investimento em programas de saúde ainda está aquém do que poderia se observarmos o dado público da parte regulada do sistema de saúde suplementar, ou seja, o DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) das operadoras.

Em 2022 foram gastos R$ 823,2 milhões com programas regulatórios de atenção à saúde, o que representa 0,35% do faturamento de contraprestações dos planos de saúde. Ainda que esse montante possa estar eventualmente em outras rubricas do DRE ou talvez até como um Capex (Capital Expenditure) no balanço, no que podemos medir de forma transparente, o investimento parece baixo.

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