Arquitetos da Saúde

Planos de saúde e o pós-pandemia: algumas perspectivas

plano de saúde pós-pandemia

O que será da VCMH de 2021?

Quem lê nosso blog acompanhou conosco as discussões a respeito dos custos da saúde suplementar com a pandemia da COVID-19.

Como neste setor os gastos de um ano só refletem no ano seguinte, o represamento de procedimentos eletivos e o foco no atendimento à contaminados pela COVID-19 levou a uma queda histórica de sinistralidade.

Tanto que, para os planos individuais, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou pela primeira vez um reajuste negativo, de -8,19%, para atualização dos contratos.

Mas… Estamos em outubro de 2021, a vacinação avançou e o número de contaminados e mortes vem diminuindo paulatinamente. Atividades estão sendo retomadas e parece que estamos, finalmente, cada vez mais perto de voltarmos ao “normal”.

O que será do mercado de saúde, então, no pós-pandemia? O que esperar em termos de reajuste para 2022? Ainda é cedo para tirar conclusões, mas daremos algumas pistas neste artigo.

Cenários possíveis

Muitos pacientes com doenças crônicas tiveram seus tratamentos paralisados ou desacelerados. Agora, esse tratamento está sendo retomado. Ainda há que se considerar outros pacientes novos.

E o mesmo vale para cirurgias eletivas que ficaram represadas em 2020 e passaram a ser autorizadas neste ano. Ou aquela simples consulta que estava sendo protelada pelos mais cautelosos, que agora estão voltando aos consultórios.

Isso implica em dois cenários:

  1. Pacientes negligenciando tratamentos e sendo expostos a mais riscos (demandando cuidados mais complexos);
  2. Pacientes eletivos que tiveram seus tratamentos e cirurgias interrompidos voltarão com problemas piores.

Será que o sistema de saúde suplementar está preparado para essa avalanche de uso de planos de saúde pós-pandemia advinda de uma demanda reprimida?

Os fatores da conta

De uma forma ou de outra, os indicadores de 2021 já apontam para o equilíbrio da sinistralidade em patamares similares aos anos pré-pandemia. Ou seja: o represamento  que levou ao reajuste negativo neste ano já se foi, e os custos voltaram a subir, com a negociação de valores e procedimentos ponto a ponto para que as perdas sejam as menores possíveis.

Outro fator que interfere nas contas da saúde privada é a situação macroeconômica do país. Uma economia em crescimento, de modo geral, significa mais empregos, mais dinheiro circulando, ou seja: mais gente contratando planos de saúde.

E, como sabemos, a economia vem se recuperando: a estimativa do Banco Central para 2021 é de um crescimento em torno de 5%, embora tenha havido queda em 2020.

Efeito reverso

Curiosamente, mesmo com a queda nos indicadores provocada pela pandemia em 2020, o número de beneficiários de planos de saúde cresceu. Mas a justificativa mais plausível é justamente o medo da COVID-19, que fez muitos brasileiros colocarem a saúde privada como prioridade máxima.

Neste ano, com a vacinação avançada, esse medo talvez não seja o mesmo. Porém, o número de usuários continua subindo (em mais 639.200 beneficiários de janeiro a junho  segundo o Tabnet e conforme depurado com todas as receitas e despesas decorrentes na ferramenta de BI da Arquitetos da Saúde).

Só não sabemos o quanto esse cenário persistirá. É uma movimentação essencial para ser observada até o fim do ano.

Uma coisa é certa: assim como previmos de forma muito antecipada e acertada que haveria uma VCMH negativa divulgada em 2021 com data-base 2020, no ano que vem haverá uma supercompensação do índice, o que, em ano de eleição presidencial, acirrará ainda mais as discussões sobre o setor e o impacto dos reajustes de planos coletivos.

Gerencie sua saúde

Uma boa gestão de saúde e o mapeamento preciso da utilização dos beneficiários de sua empresa podem auxiliar a ter uma considerável economia e têm sido um diferencial na saúde suplementar.

Uma análise capaz de prever o que irá acontecer em razão de dados consolidados de períodos anteriores, em um determinado espaço de tempo, é capaz de nortear decisões de modo eficaz e objetivo.

É exatamente isso que fazemos na Arquitetos da Saúde. Fale conosco para conhecer nossos serviços!